quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RIMAS - GUSTAVO ADOLFO BÉCQUER






No digáis que agotado su tesoro
de asuntos falta, enmudeció la lira;
podrá no haber poetas pero siempre,
Habrá poesía

Mientras las ondas de la luz al beso
palpiten encendidas,
mientras el sol las desgarradas nubes
de fuego y oro vista,
mientras el aire en su regazo lleve
perfumes y armonías,
mientras haya en el mundo primavera,
Habrá poesía



----------------------------------------------------------------------------------


FAMÍLIA




Meus Pais, meus Avós preciosos seres que perdi ...
Perdi ?
Perdi-os, fisicamente, mas deixaram sua herança de amor e formação ética e moral.
Os meus Sogros que, com a sua humildade e simplicidade, souberam criar os filhos, formando-os para a vida, para o mundo.
Família a base de tudo, valorizemo-la porque o mundo esvazia-se perdendo os mais importantes valores que são: o respeito para com o próximo e, sobretudo para com os idosos, os mais experientes e sábios.
Devemos descartar todo tipo de discriminação, racismo e preconceito, e valorizar a educação familiar e o respeito.



Viva a Família !




Charrua (Livro Poesitando)



----------------------------------------------------------------------------------


Contemplativo

Contemplativo ergues olhares
De um poema atual há existir,
São às asas da canção
sublimada aos concertos
palavras ressurgir.
Espelho divisor de universo
jardins de auras criativas,
Palco que dança há poética
Do livro pensador aos mares.
Fitando flores em ventania
O colorir de arte desfila,
Em corpo de letras há pena
A escreve alma no seu templo.

Valmir Viana.
Poeta
www.valmir-viana.blogspot.com



----------------------------------------------------------------------------------

Orvalho do Éden

Gotas de cristas percorre
há pedra e a terra, como
chuvas sobre os mares as
águas banha todo azul verdejante.

Noites e astros embalam
uma harmonia que dita,
pelo pensar, qual raízes
fixa o mundo numa casa.

Pinta um quadro o pássaro
com há canção dos deuses,
numa atmosfera livre
de campos aos versos liberdade.

Valmir Viana.


----------------------------------------------------------------------------------


AVENIDA FUTURO

Jairton Jurinich

> >> Dois olhos assustados, lindas amêndoas
> >> os cabelos lisos escorrem no ser pequenino
> >> descalça tiritante no canteiro da avenida
> >> se aproxima trôpega com seus grandes olhos
> >> no teatro do sinal encena a peça
> >> A equilibrista do meio fio
> >> mão espalmada só escuto TIO
> >> fecho o vidro com um sinal de não, aumento o volume
> >> a água retoma seu leito, da hoje Avenida Copacabana
> >> enfrento o seu rio
> >>
> >> Navego cuidadoso até o próximo sinal
> >> Outros meninos, outras mãos, mesmo olhar
> >> porque eles têm os olhos tão grandes
> >> e a menina, sete, oito, a me estender a mão
> >> retirante da seca ou herdeira dos viadutos
> >> Seis horas. Ave Maria. Paz no coração
> >> Chove no Recife enchendo os lares no mangue
> >> empurrando seus moradores para as calçadas e marquises
> >> um batalhão descalço engrossa as fileiras dos desesperados
> >> ultrapasso seus pedidos e os entulhos de plástico nas ruas
> >> deixo para trás o problema de outros infelizes
> >> lembro da menina e de seus olhos marejados
> >>
> >> Escurece rapidamente
> >> na curva avisto o espelho do mar
> >> os faróis não incomodam o seu adormecer
> >> a chuva fraca parece carícias na sua face salgada
> >> soberano permanece imune às aflições humanas
> >> bate com força nos arrecifes e estoura
> >> os sais que trazem lembranças da mãe africa
> >>
> >> Menina... Que cresça logo e a minha culpa será menor
> >> és tão pequena que quase passas despercebida
> >> amanhã abrirei o vidro para você
> >> só o sinal que deverá estar fechado para mim
> >> ou terá que ficar para outro dia este ato de amor
> >> afinal...você sobrevive desses gestos ao acaso
> >> e foi só por acaso que lhe avistei em meio a chuva
> >> Ora menina! Cresça... Terás mais chance em outras avenidas.
> >>
> >>
> >> Recife – Maio de 2002
> >> Jairton Jurinich
(Uma menina que pedia trocados num sinal em Recife PE)


----------------------------------------------------------------------------------


Livre Presa.


Não fosse essa agrura
Que se transforma em cárcere

Hoje iria fazer
Eu sei o quê

Mas a liberdade...
...Não é bem maior

Que mente que não mente
Pode até ficar dormente...

Ah... Não fosse a mente
Hoje meu corpo voaria

Presa
Livre

Lilia Nascente